Vivências possíveis

Se as manhãs são tomadas por palestras e painéis, onde os participantes escutam e eventualmente fazem suas interlocuções, as tardes são feitas de forma coletiva com a participação de todos os presentes, em vários grupos, nas diversas oficinas oferecidas.

Escutar com o coração, dinâmicas, toques que tocam, aromas e sabores, criatividade, ecologia integral, criatividade e ousadia, histórias e partilhas têm marcado todas as tardes do seminário.

Para além das oficinas, são propostos laboratórios com vivências que têm trazido à memória afetiva dos participantes lembranças remotas que afloram sem pedir licença.

Fazer um caminho, a partir do exemplo do bom samaritano, de uma ecologia integral. “A ciência de cada pessoa é fundamental, quando se dispõe a contemplar a criação e descobrindo qual sua missão pessoal e comunitária, sua postura diante da Casa Comum e quais as perspectivas que cada um carrega em defesa e cuidado dessa obra tão bela”, argumentou Irmã Ivanês Favretto, que coordena a oficina de Ecologia Integral.

“Visitar o parque foi parte da proposta, para cada um perceber que é parte integrante da natureza”, resumiu a Irmã facilitadora.
Mas as palavras cuidado, toque e escuta permearam todas as oficinas com partilhas e sinais, que seguramente serão bagagens levadas com carinho para novas experiências em seus lugares de origem.

A pergunta é: o que muda nas pessoas que têm a oportunidade de participar e compartilhar de experiências como essas? O que desperta em suas práticas, com a possibilidade de alargar seus horizontes?

A Congregação, por sua vez, compartilha do carisma com religiosas e leigos, que se resume na ‘sensibilidade para perceber e a disponibilidade para servir, os que estão em situação de maior injustiça’. Esse carisma nascido no coração de Paulina, continua inspirando e despertando no coração de muita gente o desejo de amar, servir e testemunhar com compaixão, que Deus é amor e serviço.

Cuidar da vida, para uma saúde integral, com ações concretas como respiração, meditação e autocuidado parecem ser um resgate ancestral do ‘bem viver’. Ainda sobre as oficinas, uma das que mais costumam preencher as vagas primeiro é a de dança circular. “A nossa proposta é recordar práticas ancestrais de danças circulares para celebrar o nascimento, colheita, morte, mas não é apenas isso. É circular porque também dá voz e lugar às pessoas”, definiu Irmã Claudiana Silva, que promoveu, junto com outras irmãs, a oficina de dança circular.