No primeiro dia do V Seminário da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, em São Paulo, depois de uma rica manhã de acolhida celebrativa, cuja memória trouxe presente as realidades onde as Irmãs e os leigos estão, foi a vez da abertura dos assuntos com a exposição de painéis, trazendo presente a realidade sobre a mulher, uma das prioridades assumidas pela Congregação até o ano de 2026.
Ainda pela manhã, Sirlei Gaspareto, de Chapecó (SC), com uma vasta experiência com mulheres camponesas, trouxe, a partir do método ver-julgar-agir, a triste realidade e estatísticas de violência contra as mulheres, no Brasil e no mundo e, ainda, como o mundo as vê. 18% do mundo considera que as mulheres são inferiores aos homens, no Brasil, 29% e 41% delas têm medo de se expressar.
Uma justa memória ainda foi feita às mulheres que dedicaram suas vidas por causas humanitárias, dentre elas a jovem suíça Greta Thunberg, ambientalista.
À tarde, os painéis ganharam contornos ainda mais femininos, com elementos históricos, estruturais, realidades que consideram a mulher como ser inferior, bem como o que precisa ser feito para que a vida valha a pena.
“Precisamos recuperar os múltiplos sentidos que caracterizam o rosto samaritano nos vários contextos, parar frente à vulnerabilidade e ver tantas opressões. O elemento de grande importância é se comprometer com a transformação coletiva e solidária”, declarou Sirlei, que trouxe presente as questões das mulheres do campo. Ela acredita que a humanização constitui o principal desafio das mulheres, do
s movimentos e da sociedade como um todo e que só ela é capaz de transformar a vida e melhorar as relações.
“Precisamos desafiar o estabelecido para crescer e transformar e, assim, fazer o mundo que desejamos”, declarou Dineva Kayabi, de Juara (MT), que partilhou sua experiência de esposa, mãe e educadora indígena.
Dineva trouxe presente suas vivências e lutas para crescer e fazer o seu povo evoluir no campo da educação e nas relações mais circulares.
Após a apresentação das assessorias, o grupo partilhou com ressonâncias que enriqueceram ainda mais as falas. Posteriormente, todo o grupo participou de oficinas com variados temas como: ecologia, relações, danças circulares, mulheres, saberes e sabores, saúde, dentre outras.
Texto: Irmã Egnalda Rocha
Fotos: Irmã Sebastiana Mendonça