Saúde integral, em um contexto de pós-pandemia, foi o assunto desta manhã, no V Seminário da CIIC, que está sendo realizado em São Paulo, no Eventos e Hospedagem Sagrada Família.
A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição realiza este Seminário para avaliar e celebrar a caminhada assumida no último Capítulo Geral.
É importante destacar a presença e participação das Províncias Nossa Senhora Aparecida, com sede em São Paulo (SP), e Nossa Senhora de Lourdes, com sede em Itajaí (SC), e da Regional Virgem de Guadalupe, com sede na Nicarágua, além dos leigos e colaboradores. Todos estão muito antenados com as vivências e os compromissos assumidos como desdobramentos.
A manhã deste terceiro dia iniciou com uma memória do dia anterior e de uma mística carregada de vivências corporais, que introduziram o assunto.
O assessor para a dimensão pastoral da Congregação, padre Eduardo Calandro, que é também terapeuta da psicologia clínica, abordou questões da saúde mental, na pós- pandemia.
Em um recorte que trouxe a saúde mental, Calandro chamou a atenção para a saúde integral como elemento fundamental para as suas funções orgânicas, a fim de que ela tenha habilidades para continuar suas atividades.
O assessor trouxe presente, ainda, as consequências da pós-pandemia, impacto onde muitos nem puderam fazer ou elaborar o luto pela perda das pessoas amadas. Se esse processo não é completo, virão impactos emocionais, instabilidade, estresse, ansiedade, depressão e outros provocados por essa crise sanitária.
Consequências da pandemia a serem superadas – Para além das perdas, a pandemia deixou estragos na vida de muita gente, transtornos de ansiedade, depressão, medos, inseguranças, incapacidades, desemprego, empobrecimento, desequilíbrio financeiro, e muitas questões listadas, que ainda precisam ser superadas. Apenas para constar, o Brasil lidera o ranking de depressão e ansiedade.
Empatia – Para além das propostas de políticas públicas propostas pela OMS, a pandemia traz um outro desafio, que é a dimensão do cuidado e da atenção. A empatia é uma virtude que ajuda a amenizar a dor e as perdas e necessita de alimentar a esperança de novas perspectivas para a sua vida.
“As pessoas precisam focar na sua saúde para depois começarem a fazer outras coisas e a cuidar das demais”, declarou Manoela Medida, de Florianópolis (SC). Ela acrescenta: “precisamos ver os dados e os impactos que isso traz à nossa vida. As pessoas precisam estar bem consigo mesmas, para ela poder fazer bem às outras”, arrematou.
Alimentação saudável, exercícios e novas posturas de vida parece ser uma necessidade que tem despertado muitas pessoas para uma nova qualidade de vida. “O correto é uma alimentação saudável e a prática de exercício de forma regular, isso é o que desejo no meu prato, para este ano, porque eu sou aquilo que eu como”, destacou Luiz Goya, da área de hotelaria de Nova Trento (SC).
“Quanto à pandemia, eu me mudei para o ambiente que eu trabalho, eu fui para Florianópolis, fui uma das poucas pessoas privilegiadas, saía a noite para caminhar, preparei coisas pra doação, li, vi filmes. Eu fui um privilegiado, não vivi o que muitas pessoas vivenciaram de angústia e insegurança”, argumentou Goya.
Saúde integral é um assunto que vem despertando a atenção de muita gente, na pós-pandemia, mas empatia, cuidado com as nossas relações, com certeza, fará a diferença nessa nova busca.
Texto: Irmã Egnalda Rocha
Fotos: Irmã Sebastiana Mendonça, Juciani Motter e Luiz Almeida