El Salvador

Amábile Lúcia Visintainer nasceu na Itália, vindo para o Brasil com quase 10 anos, entre as famílias imigrantes que em 1875 se estabeleceram em Santa Catarina.

Seus pais, Antônio Napoleão Visintainer e Ana Pianezzer, estabeleceram-se num lugarejo denominado Vígolo, no município de Nova Trento.

De família tradicionalmente católica, Amábile, ainda muito nova, sentia-se impelida a realizar o bem às pessoas necessitadas, a encontrar-se intimamente com Deus, a dedicar horas de seu tempo no cuidado da Capela, visitar os doentes, transmitir os ensinamentos religiosos às crianças e adultos. Seu grande desejo era entregar-se totalmente a Deus.

Ela e sua companheira Virgínia Rosa Nicolodi reuniam-se frequentemente a fim de trocar ideias sobre seu ideal, para rezar e fazer o bem, sempre sob a orientação dos missionários jesuítas.

No dia 12 de julho de 1890, Amábile e Virgínia, penalizadas pelo sofrimento de Ângela Lúcia Viviani, doente em fase terminal, resolveram sair de casa, e, num casebre, próximo à Capela de São Jorge, em Vígolo, se dedicaram aos seus cuidados. O povo aos poucos reconheceu o gesto generoso e cristão das duas enfermeiras.

Após a morte da enferma, portadora de câncer, Amábile e Virgínia continuaram a sua missão cristã, naquele mesmo local, ajudando às pessoas mais necessitadas, refletindo e orando.

No dia 12 de fevereiro de 1894, junto com Teresa Anna Maule, dirigiram-se para Nova Trento, para o Hospitalzinho San Giuseppe (São José).

Em 25 de agosto de 1895, D. José de Camargo Barros, bispo de Curitiba, em visita à Paróquia de Nova Trento, concedeu a aprovação como comunidade religiosa, permitindo que no mesmo ano fizessem sua consagração religiosa, em 7 de dezembro.

Amábile recebeu o nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante de Jesus; Virgínia, Irmã Matilde da Imaculada Conceição, e Teresa, Irmã Inês de São José.

A Congregação foi crescendo. No dia 22 de julho de 1903 chegaram as primeiras Irmãs a São Paulo, a chamado do Pe. Luís Maria Rossi, o incentivador da Congregação.

Em 1903, dia 7 de dezembro, as Irmãs começaram sua missão de educadoras na nova moradia, no Ipiranga, junto à Capela Sagrada, cuidando de crianças órfãs descendentes de escravos.

O número de vocações cresceu, e a Congregação tomou novo impulso, fundando outras comunidades.

Em 1909, Dom Duarte Leopoldo e Silva, no Segundo Capítulo Geral, após a eleição, nomeou Madre Vicência Teodora da Imaculada Conceição para Superiora Geral da Congregação; até então, era Madre Paulina, eleita Superiora Geral “ad vitam”, em 1º de fevereiro de 1903, que dirigia a Congregação. Por ordem expressa do arcebispo, Madre Paulina ficou excluída da votação para o cargo de Superiora Geral. Com todo a humildade, Madre Paulina aceitou a ordem do Arcebispo de que ela fosse simples súdita até sua morte. Partiu para Bragança Paulista, SP, onde se dedicou às pessoas doentes da Santa Casa e depois às asiladas, por quase dez anos, até que Madre Vicência a mandasse chamar, para morar na Casa Geral, como exemplo para todas as Irmãs.

A Congregação foi se expandindo, atingindo outros Estados, mas sempre procurando viver o espírito que a Fundadora inculcou: simplicidade, humildade e vida interior. O Padre Luís Maria Rossi continuava orientando a Congregação com grande amor.

Em 19 de maio de 1933 recebeu o decreto de Louvor e aprovação das Constituições, concedida pelo Papa Pio XI.

Em 9 de julho de 1942 a Congregação devolve, entre lágrimas, sua Fundadora a Deus. Madre Paulina tinha 77 anos de idade. Deixou a cada Irmã o exemplo de sólidas virtudes, marcando a história da Congregação, sobretudo pela sua fé, obediência, caridade, humildade, simplicidade, vida interior.

O Santo Padre Pio XII, em 27 de outubro de 1947, deu um marco decisivo à Congregação, concedendo-lhe Aprovação Definitiva das Constituições.

A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição teve a alegria de ver sua Fundadora Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus beatificada pelo Papa João Paulo II, no dia 18 de outubro de 1991, em Florianópolis, SC. Alegria e gratidão maior ainda pela sua canonização no dia 19 de maio de 2002, pelo Papa João Paulo II, em Roma.

Frases de Santa Paulina

“A presença de Deus me é tão íntima que me parece impossível perdê-la, e esta presença proporciona, à minha alma, uma alegria que não posso explicar.”

“Nosso Senhor seja conhecido, amado e adorado por todos, em todo o mundo.”

“Nunca, jamais, desanimeis, embora venham ventos contrários.”

“Trabalhem para a glória de Deus. Iremos para as índias, para o Alaska, bem longe.”

“A paz de Nosso Senhor esteja com todos nós e acenda em nossos corações o seu santo amor.”

“Sede bem humildes, é Nosso Senhor quem faz tudo, nós somos seus simples instrumentos.”

“Quantas provas de amor nos dá o Senhor; sinto-me como no céu de contentamento.”

“Tudo por Jesus e nada para nós.”

“Fé, fé, alma minha! Para fazer somente a vontade de Deus.”

“Caridade, caridade, caridade. Enquanto tiverdes caridade, minhas filhas, tereis tudo. Ficai sempre alegres e contentes.”

“Vamos passo a passo, mas sempre em frente.”

“O Senhor não deixará de nos ajudar.”