Dia do Assistente Social rende homenagem da CIIC aos profissionais

A atuação do profissional de Serviço Social acontece no setor público, privado e nas organizações não governamentais. No poder público, o assistente social auxilia na implementação da política de assistência social nas áreas que garantem os direitos dos cidadãos. No setor privado, atua na promoção da qualidade de vida do trabalhador e em programas de prevenção de riscos sociais das empresas. Já no Terceiro Setor, o profissional acompanha projetos e ações que buscam defender e garantir os direitos da população, atendendo às famílias em situação de vulnerabilidade social.

A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição conta com profissionais do Serviço Social que atuam em diversos projetos da Rede Santa Paulina. A dedicação das assistentes sociais é fundamental para o bom andamento das atividades realizadas nas unidades da Rede. Por ocasião do Dia do Assistente Social, queremos homenageá-las, trazendo um pouco do que elas fazem, em que campo atuam e como se sentem realizando esse trabalho.

300“Sou formada em Serviço Social pela UNIFMU. Atuo como assistente social no Terceiro Setor desde 2004 na área da assistência social em serviços de proteção social básica. Sou uma pessoa realizada com minha profissão, gosto do que faço e desenvolvo meu trabalho com amor e comprometimento. Gosto dos desafios que a profissão me proporciona e a cada dia posso notar meu crescimento profissional e pessoal”.
Sheila dos Santos Cereja – Educandário Sagrada Família, São Paulo (SP)

 

 

 

 

 

 

foto“Como assistente social do Educandário Sagrada Família tenho por foco o trabalho com as famílias das crianças que participam das atividades na Instituição. Nesse sentido, realizo atividades que vão desde a acolhida e escuta qualificada, até entrevistas individuais, visitas domiciliares, planejamento e execução de reuniões de pais com diversas temáticas, identificação e encaminhamento a programas e serviços da rede socioassistencial, e elaboração de relatórios. Embora há pouco tempo na instituição, tenho percebido a importância e necessidade do fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, o que, articulado às atividades culturais, esportivas e artísticas que as crianças realizam no Educandário, têm repercussão positiva no desenvolvimento deles. Um aspecto que marca minha experiência profissional e me satisfaz é ver a mudança na vida das crianças. É muito gratificante perceber que sempre há outras possibilidades de trabalhar com as crianças e adolescentes de formas criativas e dinâmicas, respondendo assim às demandas que eles nos trazem”

Liliana Espinosa Hurtado – Educandário Sagrada Família, São Paulo (SP)

 

 

 

 

 

 

foto“Cheguei no Educandário Sagrada Família em fevereiro de 2016 para fazer uma experiência na área do Serviço Social. Neste período venho desenvolvendo algumas atividades, como acolhimento ao usuário que procura o Serviço Social, abordagem junto ao usuário em situação de vulnerabilidade de risco, pessoas que buscam o serviço com o intuito de inserir-se ou reinserir-se na rede de serviço socioassistencial. Além disso, também faço atendimento socioassistencial, como procedimento técnico de escuta qualificada, identificação e demanda das famílias que procuram uma vaga para matricular seus filhos no Educandário e realização de matrículas para as vagas disponibilizadas após desistência de famílias que estavam no projeto. Estou feliz em poder contribuir no desenvolvimento das atividades, acompanhando, analisando e propondo soluções para melhorar as condições de vida tanto das crianças e adolescentes quanto de suas famílias.”

Ir. Maria de Jesus Furtado – Educandário Sagrada Família, São Paulo (SP)

 

 

 

 

 

foto“Trabalho na Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição – Casa da Sagrada Família desde 2011, atuando como Coordenadora e Assistente Social no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças e adolescentes de 06 a 15 anos, em situação vulnerabilidade e risco social e pessoal. Minha formação profissional sempre ocorreu na área da Educação com crianças, adolescentes e jovens. Tive a oportunidade de atuar em outras áreas, mas minha identificação sempre foi com as crianças e suas famílias. Fiz essa opção por acreditar que a Educação é o maior instrumento de transformação. Sei que o trabalho com crianças e adolescentes e suas famílias é um desafio enorme, mas ao mesmo tempo é uma intervenção que traz resultados mensuráveis. No dia a dia os desafios são muitos, mas eles acabam impulsionando o agir, pois acredito na capacidade de transformação do ser humano e de readaptação nas maiores adversidades. No meu trabalho o que mais me faz feliz é quando percebo essa transformação positiva, por menor que seja, na realidade apresentada. Encanto-me com as descobertas e ensinamentos que as crianças e adolescentes trazem. Até mesmo com os enfrentamentos e as dificuldades na convivência, no relacionamento, pois com eles aprendemos muito. Também me encanta quando vejo nas famílias, apesar de todas as dificuldades e situações adversas que passam, e seja ela constituída da forma que for, o amor existente entre seus membros, a força que possuem para passar por tantas situações difíceis e continuar acreditando que a mudança para melhor virá.” 

Cleuza Novaes C. Prestes – Casa da Sagrada Família, Campos do Jordão (SP)

 

 

 

 

foto“Atuo há 2 anos na Instituição de Longa Permanência para Idosos Lar dos Velhinhos de Maringá, serviço de alta complexidade, onde atendemos idosos de ambos os sexos em situação de risco e vulnerabilidade social. Dentro desse contexto, articulo as políticas públicas e o Estatuto do Idoso, para que o direito do idoso seja cumprido em todos os aspectos, garantindo o bem-estar dos usuários. A atuação do profissional de Serviço Social é de extrema importância, visando o enfrentamento das expressões da questão social, uma vez que construímos estratégias para auxiliar o usuário a superar a situação na qual se encontra. Sou muito realizada na profissão que escolhi, não poderia exercer outra atividade, principalmente quando vejo que as minhas intervenções fazem diferença na vida do indivíduo. Sou grata por trabalhar com idosos, pessoas mais do que especiais, com eles basta um sorriso para te impulsionar ainda mais a seguir sempre em frente.”

Camila Nascimento – Lar dos Velhinhos, Maringá (PR)

 

 

 

foto“Na Escola Fátima faço o acolhimento, entrevista e acompanhamento dos estudantes bolsistas e suas famílias. Realizo encaminhamentos aos serviços especializados, quando necessários, na rede de serviços e atendimento do município. Atuo no campo da educação e da assistência social. O trabalho realizado na educação vai além do direito preconizado na Constituição Federal. Não restringe somente ao direito a vaga, mas o ingresso, a permanência e o acesso ao ensino de qualidade, possibilitando a ampla concorrência nas universidades sem qualquer tipo de discriminação e/ou prejuízo. Por isso, acredito que os direitos sociais, mais do que nunca, merecem cuidado, clareza e contundência para com seu cumprimento. Isso nos faz compreender que é através da educação que o cidadão percebe e reconhece seu valor, tornando-o pessoa humana de direitos e dignidade. O serviço social na educação atende às necessidades básicas dos estudantes bolsistas elencadas na legislação vigente, como demandas de uniformes, transporte, material didático, alimentação e outras. O trabalho com adolescentes e jovens PCDs (Pessoas com deficiência), no programa Jovem Aprendiz, preparando-os para o mercado de trabalho, me traz uma experiência única verdadeira e cheia de sentidos. Uma realidade que me lembra todos os dias de me colocar no lugar do outro, não somente profissionalmente, mas também como pessoa. Tudo vale a pena, até mesmo as menores conquistas realizadas pelas pessoas as quais auxiliamos, orientamos, escutamos. Eu acredito nas pessoas, mesmo quando elas não acreditam em si mesmas. O mais importante é auxiliar as pessoas a conhecer e buscar seus direitos e deveres. Sou Osmaí F. Miranda. Sou mulher, sou mulher trabalhadora, sou negra, sou assistente social. Lutadora, guerreira, corajosa, às vezes tenho um pouco de medo. Mas, desistir, nunca.”

Osmaí F. Miranda – Escola Fátima, Sapucaia do Sul (RS)

“Atuo como coordenadora e contribuo com meu conhecimento e experiência em Serviço Social nas ações de proteção e promoção das crianças, adolescentes e mulheres assistidas pela entidade. As ações vão desde a acolhida do atendido, como de sua família, à interlocução com a rede socioassistencial que compõe o território em que estamos inseridos. Dividir com as Irmãzinhas a missão de estar a serviço da vida junto àqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social é, para mim, uma oportunidade de tornar o saber próximo e útil para a transformação de vidas. Sinto-me contemplada por estar em uma instituição que, ao relatar toda a relação estabelecida com a equipe educativa e usuários, muitos me questionam se isso é realmente possível. Tenho orgulho em dizer que é e que essa é a razão da minha realização profissional. Preciso destacar ainda o santo desconforto que este lugar me causa. Isso porque sou provocada a não acostumar com os descasos e injustiças. A mim, e a todos que compõe a Rede Santa Paulina – Assistência Social, é cobrado olhar para o outro como ser de direito, pessoa de sonhos e de potencialidades. Estar aqui me faz buscar ser, constantemente, melhor e mais fraterna. Afirmo que nesta Casa estou sensível e disponível de coração a todos os chamados que me forem confiados.”

Jacqueline Matias – Centro de Assistência Social Tecendo a Vida, Belo Horizonte (MG)

“Dentro de poucos dias em que cheguei em Diamantino, como sou marinheiro de primeira viagem, faço de tudo um pouco, prestando muita atenção para não errar. O trabalho que exerço é criar projetos de manutenção para o Lar São Roque, acompanhar os grupos de visitantes e passar informações de como funciona a instituição, além de motivar e acompanhar os residentes nas atividades diárias, triagem, entrevistas, visitas familiares, etc. Aos poucos vou aprendendo, integrando esta nova realidade. Sinto-me um pouco destreinada, por ser a primeira vez que faço esta experiência e, ao mesmo tempo, alegre e esperançosa por estar realizando um trabalho que sempre desejei. O que mais me faz feliz é acreditar que tudo é possível para aquele que acredita que um dia vai vencer todas os obstáculos.” 

Ir. Geneci Bastos – Lar São Roque, Diamantino (MT)

“Sou formada em Serviço Social há 26 anos e trabalho como assistente social na Casa Jesus Peregrino há 10 meses. A Casa acolhe mulheres em situação de rua, acompanhadas ou não de dependentes. Desenvolvo o trabalho com as demais colaboradoras da instituição, buscando prestar um serviço de qualidade. Para mim, trabalhar neste projeto significa despir-se de todo e qualquer preconceito, visto que o público atendido traz consigo as mais diversas experiências e motivos que acabaram levando-o às situações de vulnerabilidade. Além dos encaminhamentos necessários para ajudar na construção de um novo projeto de vida, faz-se necessária uma relação de empatia e de acolhimento, já que são pessoas fragilizadas que encontram na Casa uma oportunidade de estabelecer vínculos e uma rede de apoio antes inexistente. Esta área de atuação é desafiadora e permeada de expectativas, alegrias e também de frustrações. Busco um olhar atento ao meu fazer, tentando compreender cada usuária através dos ensinamentos teóricos, ou seja, dando significado a minha prática. Estar em contato direto com cada usuária e poder acompanhar seus sofrimentos, angústias, inseguranças, conflitos, alegrias e conquistas me proporcionam uma atitude empática e de grande crescimento pessoal e profissional. O trabalho modifica minha visão de mundo e minha atitude diante da vida; trata-se de aceitar o outro como um ser biopsicossocial e cultural, que está sempre em transformação, isto é, transformando e sendo transformado. Cada usuária é responsável por sua mudança e crescimento neste processo, o meu papel é auxiliá-las, através de encaminhamentos e orientações, e ajudá-las a se tornarem protagonistas de suas histórias.”

Ana Virginia Freitas de Luna – Casa Jesus Peregrino, Itajaí (SC)