A Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição promoveu, entre os dias 08 e 18 de janeiro, a segunda etapa do Curso de Capacitação da Ação Evangelizadora da Pastoral, realizado no Centro de Formação Sagrada Família, em São Paulo (SP).
O curso contou com a participação de 60 pessoas, entre leigas (os), colaboradoras (es) e Irmãs do Amazonas, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Rondônia, Tocantins, Goiás, Ceará, Bahia, São Paulo, Guatemala, Moçambique, Argentina e Nicarágua.
O primeiro bloco de estudos iniciou com o tema “Mídias Digitais”, com a assessoria dos colaboradores Renato Ribeiro, Felipe Alves, Guilherme Henrique, Bruna Scopel e Renata Garcia. Em seguida, o grupo aprofundou “Metodologia e Gestão Pastoral”, tema apresentado pelo padre Ari Antônio dos Reis, professor do Instituto de Teologia e Pastoral (ITEPA). Segundo padre Ari, a pastoral não é somente tarefa do padre, mas de todos os batizados comprometidos com a Igreja. “As pastorais não podem perder a essência profética”, afirmou o padre.
Cleonice Gonçalves, leiga em Jaru (RO), sentiu-se reabastecida com a participação no curso. “As experiências compartilhadas me deram ânimo para levar adiante a missão e projeto de Deus sem medo”, disse Cleonice.
“Mulheres”, uma das prioridades da Congregação, marcou o segundo bloco do curso, com reflexões sobre “Metodologia de trabalho com as mulheres”; “Gênero, identidade, construção social, feminismo, patriarcado histórico, cidadania e migração”; “Mulheres no movimento de Jesus”; “Políticas públicas”; e “Escravidão moderna e relação de gênero”. Os temas tiveram a assessoria de Sirlei Antoninha Kroth Gaspareto, militante do Movimento de Mulheres Camponesas e professora do curso de Pedagogia da Unochapecó; Márcia Maria de Oliveira, professora da Universidade Federal de Roraima (UFRR); Haidi Jarschel, biblista; Dulce Xavier, ex-secretária adjunta de Políticas para as Mulheres da Prefeitura de São Paulo; e Claudia Patrícia de Luna Silva Lago, consultora jurídica de mulheres vítimas de violência doméstica e discriminação sexual.
Para Eduardo Soares, seminarista da Arquidiocese de Manaus, o curso abordou o papel da mulher na sociedade de forma completa. “Ao mergulhar no mundo das mulheres e ter a oportunidade de aprender e me posicionar em favor da vida, posso afirmar que o serviço do Reino e os ensinamentos de Jesus modificam e salvam vidas por meio do nosso trabalho”, declarou Eduardo.
Irmã Fernanda de Moura Alves, que atua em Guajará-Mirim (RO), relata seu sentimento como mulher diante da escuta libertadora e encorajadora no curso. “Agora compreendo melhor quem sou. Sou mulher por tudo o que me fazer ser mulher. Meu silêncio caridoso para escutar, minha voz firme para denunciar, minha ternura para acompanhar, minha convicção para defender, um coração sempre disposto a amar e perdoar e, nos olhos, um horizonte brilhante. Na esperança de que um dia as diferenças serão respeitadas e as desigualdades desaparecerão junto com as sombras de uma noite escura ao raiar de um novo dia, em que o sol da sororidade iluminará tudo, todas e todos igualmente, afastando todo o ódio e a violência”, descreveu Irmã Fernanda.
No encerramento do curso, as (os) participantes tiveram a oportunidade de partilhar e agradecer pela caminhada realizada. Além da entrega dos certificados, uma bonita celebração concluiu os trabalhos, enfatizando a semente, que quando regada com amor e carinho, gera muitos frutos. Da mesma forma, a atuação pastoral, quando bem organizada e planejada, leva as pessoas a uma experiência de fé, que as fazem saírem de si e irem ao encontro da(o) outra (o).