“Mulher e homem, imagem de Deus”, este foi o lema do Encontro de Mulheres, promovido pela Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição pelo terceiro ano consecutivo. Com o tema “Identidade e Gênero”, o evento aconteceu entre os dias 17 e 19 de maio, no Recanto Coqueiro d’Água, em Santa Luzia (MG), com a participação de trinta mulheres, entre elas Irmãs e leigas, de oito estados brasileiros.
O primeiro dia de encontro contou com a assessoria de Gilvander Moreira, frei e padre Carmelita; e Maria do Rosário de Oliveira Carneiro, advogada, que refletiram sobre “Identidade e Gênero”. De acordo com Frei Gilvander, as mulheres são oprimidas, mas tem grande força de vida, por isso têm um potencial de transformação muito grande. “Onde queremos chegar com o trabalho com as mulheres? Para onde estamos caminhando? Em que medida nossa atuação está conectada e fortalecendo a justiça social?”, questionou o assessor, provocando o grupo a refletir sobre a atuação nas bases.
Irmã Lourdes Duarte, Irmãzinha da Imaculada Conceição, membro do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e integrante dos grupos de reflexão da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM), apresentou, no segundo dia, os passos do Sínodo da Amazônia – Novos caminhos para Igreja e para uma ecologia integral.
O encontro também foi uma oportunidade para as mulheres partilharem os trabalhos que desenvolvem em seus grupos, seja nas instituições, nos espaços públicos ou nas ações pastorais, o que contribuiu para o enriquecimento e troca de experiências entre as participantes. Participaram da partilha, os grupos: Projeto Multiplique o Pão, Livramento de Nossa Senhora (BA); Mulheres RenovadaS, Belo Horizonte (MG); Fórum das Mulheres Negras, Cuiabá (MT); Indígenas Terenas, Aldeia Buriti (MS); Casa de Acolhimento Santa Paulina, Itajaí (SC); Artesanatos e Pastoral Carcerária, Ribeirão das Neves (MG); Mães de Bonito, Bonito (MS); Mães do Educandário Sagrada Família, São Paulo (SP); Partilhando Vidas e Pastoral Carcerária, Jaru (RO).
As participantes, no encerramento do encontro, sentiram-se renovadas na caminhada e comprometeram-se, com garra e coragem, a continuarem sendo protagonistas na luta pelos direitos das mulheres. “Encontros como este fortalecem muito a luta pelos direitos das mulheres. Mesmo sendo as participantes de diferentes estados, vivências e experiências, todas estão comprometidas com esta luta, que se faz necessária com inteligência, estratégia e, especialmente, à luz da fé e da Palavra de Deus”, concluiu Vania Mugartt, de Bonito (MS).