Acordes para servir

A escola de artes nasceu para ajudar a renovar e despertar novos talentos nas equipes de liturgia e música das comunidades.

O sonho era uma viagem no mundo clássico e popular da música: formar uma orquestra em Jaru. Mas, conseguimos voar baixinho e, em setembro de 2015, nasceu na paróquia de Jaru, a escola de música “Acordes para servir”. O objetivo é despertar novos talentos na arte de tocar e cantar para qualificar a liturgia das comunidades, oferecer aos jovens a oportunidade de aprender a tocar um instrumento e também elevar a autoestima.

Durante um ano, contamos com o trabalho de professores voluntários, jovens, o que prova o quanto nossa juventude é comprometida e servidora. Assim formamos cinco turmas, em algumas comunidades do centro e da periferia. No centro, atendemos também a demanda de algumas comunidades do interior e, na periferia, jovens das comunidades vizinhas.

A escola fez um ano e a boa notícia é o apoio de algumas comunidades da cidade que se comprometeram a contribuir com uma ajuda de custo aos docentes.
Três vezes ao ano, em junho, outubro e dezembro, fazemos apresentações na praça, como forma de incentivo, para mostrar a importância do trabalho e ao mesmo tempo dar uma satisfação às comunidades e às famílias sobre o aprendizado dos alunos.

Para começar. Fizemos uma campanha para arrecadar instrumentos e ganhamos mais de 20 violões. A paróquia custeia a manutenção, e eu supervisiono o trabalho, coordeno a parte de conteúdo programático.

Como funciona o projeto. O projeto é direcionado para contribuir com as comunidades na liturgia. O aluno passa dois anos na escola, nesse período ele estuda os principais ritmos, teoria musical e canto. A eficácia das aulas é vista nas apresentações. Atualmente atendemos a demanda de 50 alunos, de quinta a sábado, sempre em horários alternativos, com o objetivo de favorecer também alunos do interior.

Desafio. A sistematização do trabalho, que já se encontra em andamento, e a consolidação de uma equipe que possa dar suporte teórico e prático aos poucos vai ganhando estrutura sólida. Não temos a pretensão de fazer uma escola com todas as exigências, mas dar uma oportunidade para pessoas de várias idades que queiram contribuir na sua comunidade ou aprender a tocar um instrumento e cantar.

“No começo eu queria mesmo era sair de casa, depois tomei gosto e me sinto bem, quero aprender a cada dia mais, eu pretendo tocar na comunidade, mas quero fazer isso quando tiver mais segurança”, disse Sônia Rocha. Leyciane Vidal é arquiteta, mas dedica uma hora por semana para a meninada. Ela atende os menores. “É uma coisa boa podermos contribuir com essa nova geração”, afirma. “O que me move é a fé, recebi de Deus e quero transferir isso a outras pessoas, é uma alternativa para eles também”, arremata.

No projeto, o aluno passa dois anos, aprende a teoria com a prática e treina os principais ritmos que eles chamam de batidas e, oportunamente, participam de recitais e apresentações durante o ano.

Fotos e texto: Ir. Egnalda Rocha (CIIC)

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IAMUR

N. Stra Aparecida 2

Unid. So Joo Batista. Turma 1

Unidade Cristo Ressuscitado