O sonho do Projeto de ajudar alguns irmãos haitianos a conhecer melhor a língua portuguesa começou a se tornar realidade. O primeiro encontro aconteceu no dia 25 de setembro, na Comunidade Santa Bárbara, com a presença do padre Rogério Zanini, da Região Pastoral Nordeste, que se interessou pela ideia, e com a ajuda do professor Lindolfo Welter, amigo das Irmãs, da Comunidade Santa Paulina.
No primeiro encontro compareceram 16 haitianos, sedentos de aprender a falar e escrever bem o nosso idioma. Eles partilharam a vontade que têm de conseguir um bom emprego, melhorar de vida e assim poder trazer a família que ficou no Haiti. Foi um encontro bem descontraído, cada um teve espaço para contar um pouco da sua história de vida. De maneira geral, são alegres, comunicativos e gostam muito de cantar, ao som do violão e do teclado. Desse grupo, 13 são casados e têm filhos, que ficaram na terra natal, com os parentes. Dizia o jovem Remy Charles, pai de duas crianças: “Sou apaixonado pela minha família e quero todos aqui, junto de mim. Para isso preciso estudar, conhecer bem a nova língua e conseguir um bom trabalho”.
A Comunidade São José Operário, do bairro Líder, onde moramos, cedeu as salas de Catequese e já iniciamos as aulas. O grupo está bem interessado. Mesmo com a triste notícia do que aconteceu no Haiti, recentemente, atingindo as famílias de dois haitianos que perderam tudo, eles não deixaram de comparecer e de se interessar pela aprendizagem. Atualmente, as aulas acontecem aos sábados e 20 haitianos estão participando assiduamente.
O desafio é grande. Eles esperam e exigem muito de nós e têm muitos sonhos. Apesar das nossas limitações, estamos confiantes. É apenas uma pequena sementinha que estamos lançando. A colheita a Deus pertence. “Passo a passo, sempre em frente. Permanecei firmes e adiante” já dizia a nossa fundadora, Santa Paulina, que com certeza também se interessaria por esta causa.
Colaboração: Ir. Dilma Ardigó