A Capela Sagrada Família e Santa Paulina, onde estão os restos mortais de Santa Paulina, celebrou, com muitas homenagens, o dia litúrgico da primeira santa do Brasil. Este ano, a festa foi ainda mais especial, em virtude da celebração do Ano Jubilar, que comemora os 80 anos da Páscoa definitiva de Santa Paulina e 20 anos da sua canonização.
A primeira missa, celebrada às 5h30, horário da morte de Santa Paulina no dia 9 de julho de 1942, contou com a presença das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, que são as continuadoras da obra iniciada por ela e que hoje se estende por 12 países.
Às 8 horas, a celebração foi presidida por Dom Ângelo Ademir Mezzari, Vigário Episcopal para a Região Ipiranga, com a participação dos religiosos e religiosas que atuam no bairro do Ipiranga.
Padre Carlos José Guimarães da Silva, vigário na Paróquia Nossa Senhora da Salette, em Santana, celebrou a missa das 10 horas, junto com seus paroquianos e membros da Família Madre Paulina (FAMAPA), grupo que vive o carisma de Santa Paulina nas comunidades e famílias. A animação da missa ficou sob a responsabilidade da FAMAPA da Comunidade Santa Cruz, também de Santana. Nesta celebração, as crianças participaram ativamente, cantando o salmo, ajudando na animação e rezando a oração da comunidade.
No estacionamento da Capela, uma verdadeira festa em família com diversas barracas de comidas e bebidas. As Irmãzinhas da Imaculada Conceição prepararam uma tenda especial em prol das missões realizadas pela Congregação fora do Brasil.
Durante todo o dia, devotos e devotas visitaram a capela para agradecer e também para pedir a intercessão de Santa Paulina. Gabriel Costa de Souza saiu de Itanhaém, há 72 km de São Paulo, para agradecer uma graça na vida da sobrinha, que teve bronquiolite aos dois meses de idade e os médicos disseram que ela não voltaria para casa. “Da noite para o dia, ela já não tinha mais nada, foi liberada para casa. No exame, mostrava uma mancha no pulmão, a mancha sumiu e ela passou a respirar sozinha. Hoje quero levar o nome de Santa Paulina, ela é uma grande intercessora”, relatou Gabriel.
A primeira missa da tarde foi celebrada pelo padre Rodrigo Thomaz, vigário na Paróquia Imaculada Conceição, no Ipiranga. Às 15 horas, padre Estefano Elton Wonsik da Paróquia Nossa Senhora da Glória, na Vila Bela, presidiu a celebração eucarística e deu uma bênção especial para todas as pessoas com mais de 80 anos.
Padre Rodrigo Pires Vilela da Silva, capelão da Capela Sagrada Família e Santa Paulina, presidiu a última celebração eucarística do dia. Ele destacou em sua homilia as palavras “sacrifício” e “reconciliação”. “Santa Paulina viveu uma vida de sacrifício e reconciliação. Ela conseguiu reconciliar pessoas de volta para a sociedade, conseguiu fazer com que as pessoas voltassem a ter a dignidade que tinha sido perdida. Ela reconciliou meninos e meninas a viverem segundo a imagem e semelhança de Deus. Pelo seu sagrado ofício (sacrifício), acordou todos os dias e se propôs a promover um mundo novo”, explicou. O capelão provocou os presentes a serem verdadeiros imitadores de Santa Paulina. “Quer ser fiel aos ensinamentos de Santa Paulina? Comprometa-se com a reconciliação por meio de uma vida de sacrifícios”, disse.
No final da missa, Irmã Rosane Lundin, coordenadora geral da Congregação, compartilhou o testamento deixado por Santa Paulina e convidou todos os devotos e devotas a rezarem a última frase: “Dou-vos de todo o coração a minha bênção”.